sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Pensando a Ead

   Em todo tempo estamos buscando melhorias na forma como nos comunicamos. Houve um tempo em que a palavra dita, proferida era aquela que não só comunicava algo, como também tinha a função de testificar e estabelecer lugares e tempos. " esse tipo de palavra não se dinstingue de uma ação ou, se assim quisermos, não há neste nível, distância entre palavra e ato(...)ela é intemporal, inseparável das condutas e dos valores simbólicos"   ( DETIENNE: s/d. pág.36).
   A lenta passagem da palavra proferida para sua forma de registro gráfico, instalou uma mudança nas relações sociais na medida em que, agora, era preciso decodificar aqueles caractéris para ter acesso ao mistério que antes nos era "revelado" por meio da escuta.   "A palavra -diálogo é laicizada, complementar à ação, inscrita no tempo, provida de uma autonomia própria e ampliada ás dimensões de um grupo social" (DETIENNE: pág. 45).
  A história nos conta que muitos dos conhecimentos produzidos e registrados em papiros e outros suportes, pelo homem ,foi perdido, queimado e pilhado em guerras e invações.  Hoje vivemos outras formas de comunicação, mas parece que as primeiras camadas que tem por fundamento a palavra proferida e o advento da escrita, moram ou fazem parte de nossa forma de comunicação. Isso posto pensamos, então, que as novas tecnologias , na verdade são suportes para que nossa comunicação seja não só dinamizada, bem como amplificada sendo acessível a um grande números de pessoas, possibilitando assim a democratização da produção de conteúdos.  A modalidade de aprendizagem a distância, a dispeito dos preconceitos ainda existêntes, é sem dúvida uma oportunidade, subversiva, de difundirmos o conhecimento, pois presuponhe a liberdade daquele que lança mão se suas ferramentas, contribuindo assim para a autonomia na busca do saber.    

DETIENNE. Marcel. Os mestres da verdade na Grécia Arcaica. JZH  editora. 
          

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Meditação

  Todos os anos...quando chega Outubro experimentamos uma mistura de sensações. O marketing nos bombardeia com as “novidades” das quais não podemos prescindir do contrário, segundo as mesmas propagandas, não seremos felizes. Novembro parece nunca acabar, pois as nossas ocupações somam-se ruas abarrotadas com a multidão que já absorveu as mensagens de outubro difundidas na velocidade da luz pelos meios de comunicação.
   Ao longo de nossa vida, não percebemos, mas esse movimento sempre foi o mesmo. Com a única diferença da quantidade e intensidade com a qual somos atingidos. Vamos vivendo imersos na superficialidade, pois ao escolhermos profundidade do caminho com Jesus, escolhemos abrir mão, em certa medida, da posição privilegiada, do status, do conforto. Mais eis que Dezembro chega e com ele indescritivelmente se instala em nós uma irresistível tranquilidade e uma paz, que para muitos traduz-se em tristeza. Acredito que é pelo fato de uma verdade vir a tona pois no início dos tempos,(nós a humanidade) não possuíamos aparelhos nem mídia e necessariamente vivia-se uns para os outros. É verdade que alguns menos que outros.
   Não tínhamos nossos sentidos e vontades desviados por toda sorte de coisas que no final das contas não suprem o vazio que faz parte da constituição de nossa alma. Aquela “falta” da qual a psicanálise nos fala e insiste em que aprendamos a conviver com ela.
  O fato é que nenhuma propaganda, por mais engenhosa que seja ( e hoje em dia cada vez mais enganosa, mas também cada vez mais sem sentido) e nenhum produto por mais exclusivo que se anuncie supera aquele que invade nossa vida nesta época de final de ano. Por mais que se procure e tente uma explicação nenhuma teoria física, filosófica ou mesmo teológica dará conta, pois trata-se de inteligência humana limitada por natureza. É a verdade que nunca deixará de ser e que até o final dos tempos nos convidará a aceitá-la. A verdade do mistério Crístico de Jesus nosso salvador. Que esse mistério invada o seu Ser e que transborde de você para aqueles que contigo convivem e que possamos viver pautados na verdade amorosa e misericordiosa daquele que um dia morreu por mim e por você e que hoje vive !!!