quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Memória da posteridade

"saudades daquilo que nunca vivi"..essa é a sensação que me impulsiona a escreve..escrever em cadernos (e aqui no blog) minhas saudades em meio a conturbada vida, a rotina , as solicitações do dia-a-dia. Vou tentando dar corpo, através dos textos que neste caso são cacos, a necessidade de uma unidade pela qual acredito, todos nós estamos em busca , cada um ao seu modo. O aurélio me diz que posteridade refere-se aos descendentes de uma mesma origem ou pode também estar falando de gerações futuras.  É curioso porque através da escrita reunimos o passado, que no momento em que escrevo é presente, para entender o futuro ou pelo menos conviver melhor com o "por vir". mas será que existe uma memória da posteridade? ou eu estou delirando assim como cervantes em seu D. Quixote? Sei que a realidade é fragil diante do pensamento que percorre, sem se desligar, passado presente e futuro em uma linha continua e se mostra por meio do tempo em histórias que povoam o imaginário da humanidade.  Aqui no quartinho que reservamos para o computador, observo o passado nos desenhos , posters de projetos realizados, vivêncio o futuro escrevendo e  observando os objetos; violão, flauta, maquina fotográfica, as tintas e pincéis com os aquais registro para o futuro minhas impressões.  Essa saudade do futuro é essencial para a renovação do presente constantemente alimentado pelo passado, essa vontade de deixar uma marca pessoal em todas as coisas que fazemos. (12.06.04)      

3 comentários:

  1. Oi Celso.
    Lembrei da Jura Secreta, do Abel Silva e da Sueli Costa: "Nada do que posso me alucina tanto quando o que não fiz. Nada do que quero me suprime o que por não saber ainda não quis".
    Enquanto há saudade do que ainda não vivemos, existe vida. Se acaba o desejo (num sentido amplo, não necessariamente sexual) termina a existência. Assim sendo, eu quero é mais!!!

    Um abraço. Pra cima com a viga!

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  2. Olá, Celso!

    Você fala de um assunto muito sério mesmo...
    As pessoas de hoje (os mais jovens, as crianças e adolescentes)tem perpectivas estranhas, isso quando nem as tem...
    São imediatistas. Querem tudo na hora. Não se importam com nada, a não ser sua satisfação pessoal.
    Por conta de nossa própria correria, não tem informações, nem referenciais de passado, para viverem um presente e construir um futuro melhor através destes referenciais que devemos ter.
    Mas, achei legal quando você se reporta a esta saudade do futuro, algo meio transcendental que nos leva a pensar que, se não fizermos alguma coisa, nem teremos futuro...Fica, desde já, a saudade. Que coisa, não é?!
    Sim. Temos de desejar um futuro, com nossas marcas, feitas através da vida que estamos vivendo e das coisas que estamos fazendo.
    Valeu!
    Muita paz! Beijosssssss

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  3. Celso, lindo texto.
    Ele me encantou pois sou, indiscutivelmente, um amante do passado, é ele quem me prova a cada instante que vivi e vivenciei todos os tipos de situação. Foi por causa dele que me preparei para o futuro que se me apresenta a cada segundo e transforma o segundo seguinte em passado.
    Presente?
    Bem, presente a gente ganha a cada fração de segundo vivido.

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